quarta-feira, 15 de junho de 2011

A REDE QUE SE FORMA NUMA PESQUISA

Durante os meses em que trabalhamos para elaborar o livro e o Memorial Independente, muitas entrevistas foram realizadas. No começo, tínhamos apenas alguns nomes. Fomos ampliando a lista de pessoas que deveriam ser ouvidas justamente a partir das lembranças que apareciam nas entrevistas. Por exemplo: quando entrevistamos  Rogério Kappler, ele recordou do repórter Caio Cezar Valli, que teria entrevistado o empresário na década de 1960.
Se tem uma coisa que aprendi com o professor José Alfredo Schierholt é a esperteza para ficar atenta a todas as pistas. Quando ele soube deste nome, passou a pesquisar sobre o repórter  e conseguiu as seguintes informações:

  Caio Cezar Valli
   Repórter da Rádio Independente. * 17-7-1945, em Rosário do Sul, f. Antônio Carlos Ramos Valli e de Maria Marques Valli. Em 1951, veio com a família morar em Lajeado, até 1963, ao prosseguir seus estudos em Porto Alegre. Na Independente fazia entrevistas externas. Hoje, é publicitário no RJ, onde, depois de 19 anos e meio deixou a Artplan -- quais os últimos 4 com participação acionária. Em julho de 2003, tornou-se o novo sócio da Madre Comunicação.  Em 19-4-2001, recebeu o Grande Prêmio Publicitário do Ano do Prêmio Colunistas-Rio.


  Como o mundo hoje está interligado através das mais diversas mídias, Valli soube da pesquisa e escreveu o seguinte e-mail ao professor Schierholt:


Prezado José Alfredo, bom dia:
Através de minha irmã Leda, residente aí em Lajeado, recebi seu artigo sobre os 60 anos da Rádio Independente e minha modesta participação na historia da emissora.
Hoje, entrando no site do seu jornal, encontrei sua coluna na edição de 3,4 e 5 de junho e seu endereço.
Escrevo-lhe para agradecer a lembrança que muito, muito mesmo, me sensibilizou.
Naquela ocasião, então com 16 anos de idade, eu começava minha vida profissional. Garoto, cheio de gás e de vontade, cercado por pessoas e profissionais do melhor nível possível, verdadeiros professores para um aluno que entrava pela primeira vez no banco da escola da vida.
Seu artigo me fez reviver grandes momentos e lembrar de figuras maravilhosas. Lembrei do Lauro, do Osvaldo Carlos, do Maroca, da Sibilia, do Orbi, do Donga, de uma dupla caipira que me deu a primeira oportunidade de apresentar um programa de auditório, o Helinho e o Alaor. Do Almir e do Adair Rodrigues, do Brandão, e de tantos outros cuja o nome a memória não chega lá. Lembro dos bailes que transmitia nos salões do interior (salão Grenal, Salão Prediguer, entre outros).
Das transmissões dos jogos do Lajeadense e das aventuras em transmitir, sem retorno nenhum, jogos fora da cidade. Um pedaço de vida que nunca, nunca em tempo algum, vou esquecer.
Você me levou de volta a minha Lajeado que adotei como terra natal – embora nascido em Rosário do Sul – por ter sido aí o efetivo início da minha vida, dos meus estudos no São José, dos meus jogos como atleta do Ubirajá, da minha adolescência com as primeiras namoradas e do meu primeiro emprego. Lajeado que hoje guarda em sua terra meus pais, meus avos, meu querido cunhado Itavor e tantos amigos.
Por tudo isso – e confesso-lhe que tinha vontade de ficar falando muito mais – lhe digo de coração MUITO OBRIGADO por essa viagem maravilhosa que Você me proporcionou.

Receba um abraço emocionado do,  Caio Cezar Valli






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