terça-feira, 13 de setembro de 2011

ESTÁ NO LIVRO: sobre Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha

Antes de ganhar projeção estadual e, inclusive nacional, com a sua música "Coração de Luto", Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, passou pelos estúdios da Rádio Independente. Esta música descreve sua triste infância e, principalmente, a morte trágica de sua mãe, ocorrida num incêndio.

Alguns colegas da época recordam aspectos que caracterizaram a passagem do artista pela emissora:


Alfredo Lussani ( Nerlinho) recorda do dia em que conheceu os artistas Teixeirinha e Mary Terezinha. Ele estava apresentando o “Entardecer no meu Sertão” quando viu os dois entrando no auditório. Naquela mesma ocasião, convidou Teixeirinha para cantar ao vivo e participar do programa.  Comenta que brincaram com os ouvintes fazendo parceria de voz.

Alexandre Garcia comenta
Eu abriria a rádio de manhã. Veja só, o programa que eu apresentava: Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. O Teixeirinha estava começando, mas já era bem famoso. Ele morava na pensão Soledadense, na esquina da Rua Silva Jardim com a João Abott e ele combinava comigo,  era sempre bom eu passar pelo quarto dele que dava fundos para uma lavagem e lubrificação de carros. Eu lembro que tinha uma janela de veneziana. Então quinze minutos antes das seis horas da manhã era eu batendo na veneziana: - acorda Teixeirinha, acorda, está na hora. Só que ele tinha ficado na zona (do Meretrício) até às 5 de manhã e ainda estava de cara cheia. Então ele falava, respondia para mim: - vai lendo as carta! Aí eu chegava na rádio, o programa era de auditório e eu abria o programa lendo as cartas para o Teixeirinha. Enquanto isso eu ia fazendo tempo. Lá pelas seis e quinze, seis e vinte, ele chegava com o violão embaixo do braço e eu dizia: - agora com vocês o Teixeirinha, e começava o programa.

Delésia Sanson explica que Teixeirinha fazia programa ás 6 horas da manhã. Eu fazia mesa para ele. Ele tinha este horário porque era possível ouvir na cidade de Passo Fundo. Os conhecidos  dele podiam ouvir porque nesta hora pegava lá.

Entre as lembranças mais marcantes, Sebilla Cemin recorda das dificuldades que o cantor Teixeirinha tinha para sobreviver e sustentar os filhos. Por algum tempo, o artista participou do programa Manhãs Gaúchas. (...) Eu apresentei ele, não por muito tempo. Gente! Uma pessoa boa, boa. Muita comida foi dada para ele, muita comida eu dei para ele.

 Erni Teixeira lembra que começava a trabalhar no escritório de Octávio Trierweiler às 7h30min. Então, todos os dias, antes deste horário, abria a emissora. Ele fazia a locução e Nadja cuidava da parte técnica. Isso em 1955, 1956. Foi ele quem começou a apresentar o artista Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha). E fez isso durante seis meses. Teixeirinha passou a participar dos programas de auditório, aos domingos, no “Microfone ao seu dispor” e, nas quartas-feiras à noite, no programa que apresentava trovadores e tinha o nome de “Desafio”.

Ele foi se apresentar no domingo de manhã. O pessoal começou a gostar, começou a ouvir. Teixeirinha dizia: - olha quem estiver gostando, manda aí uns troquinhos pro Teixeirinha comprar um leitinho para seus filhinhos! Então o pessoal colocava num envelope e mandava para ele pelo correio dois cruzeiros, cinco cruzeiros. Lá pelas tantas, ele abriu uma cartinha que não estava lacrada, e leu: - gostei, vai aí cinco cruzeiros para ti! Mas o cruzeiro não estava. Então Teixeirinha falou: - opa, antes de chegar em mim, os ratinhos já bateram aí!
Erni explica que Teixeirinha quis ampliar o seu horário. Então passou a abrir a emissora às seis e meia da manhã. E, assim, Teixerinha foi conquistando espaço na emissora.


Retirado da Internet:
Teixeirinha teve 7 filhas e 2 filhos, Sirley; Liria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Fátima; Márcia Bernadeth; Alexandre e Liane Ledurina. Teixeirinha, um dos maiores músicos brasileiros, morreu no dia 4 de dezembro de 1985 e está enterrado no cemitério da Santa Casa em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.


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