Renato Worm recorda do programa Fogo Cruzado que apresentava em parceria com o colega Ditmar Henrique Born, em 1995, das 13 às 14 horas. O enfoque era todo baseado em jornalismo investigativo e polêmico. Ditmar fazia a investigação de casos que a polícia ainda não tinha descoberto ou desvendado. Muitas vezes, ele era mal recebido porque estava reabrindo determinados casos. Renato ficava no estúdio e polemizava acerca de cada caso.
Eu entrava xingando e baixando a ripa nos bandidos. Tinha gente que vinha aqui na rádio para ver como eu gesticulava, batia na mesa e xingava os bandidos. Eu imaginava a situação e me subia o sangue. Isso me desgastava, mas eu acreditava que estava fazendo alguma coisa para que as outras pessoas não repetissem estes atos.
Renato Worm |
O ponto máximo do programa foi no dia em que fomos ameaçados de que a Rádio seria tirada do ar. Veio um advogado e nos ameaçou: - Se vocês colocarem a matéria no ar que estão anunciando, eu tiro a Rádio do ar. Eu vou agora na Justiça, através de uma liminar, eu não vou permitir. A pessoa acusada era muito conhecida na sua cidade e ia ficar muito ruim. Quando Seu Lauro chegou, contamos e ele disse assim: - Seria a gloria para nós se nos tirassem do ar por causa de uma matéria assim produzida. E aí a matéria foi para o ar e nós de alma lavada, porque nós solucionamos um problema grave.
Outro momento importante deste programa foi quando o juiz e o promotor apresentaram a sentença da Coopave, que inclusive gerou protestos de empresários. Seu Lauro recebeu carta de empresário que estava no exterior dizendo que nós não deveríamos ter feito aquilo. Imagina o juiz e o promotor aqui!
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